Friday, June 01, 2007

Dia da Criança...Como serão daqui a 20 anos?

A Berta é uma criança com 2 anos, quem será ela daqui a duas décadas?
Vários especialistas desenharam o possível retrato de uma jovem adulta em 2027.

Está muito interessante!

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Saturday, May 19, 2007

olá!




Friday, March 23, 2007

As crianças são o que vivem!

'>Veja aqui...

Tuesday, February 27, 2007

A Criança com hidrocefalia


O termo hidrocefalia vem do Grego e significa "água na cabeça". Na realidade a água é o líquido cefalorraquidiano (LCR), um líquido claro que é constantemente produzido nas cavidades, ou ventrículos, no interior do cérebro.
O LCR tem como objectivo proteger os elementos do sistema nervoso (cérebro e espinal medula), actuando como amortizador contra golpes e transportando as substâncias necessárias ao seu funcionamento. Ele passa de um ventrículo para o seguinte (quatro no total) através de canais estreitos, circulando depois na superfície do cérebro uma pequena parte desce pela espinal-medula e é absorvido no sistema sanguíneo. O que faz com que o LCR deslize para ao espinal medula, são umas veias especializadas dentro do crânio, as quais têm uma superfície semelhante a uma peneira, que nas crianças com hidrocefalia não existe, daí a acumulação de líquido que provoca esta grave patologia neurológica. Apesar de muito mais lentamente que a circulação do sangue, o LCR, à semelhança deste, está em constante produção, circulação e reabsorção.
Para além de terem a cabeça um pouco maior que o normal, podem ainda ocorrer nas crianças hidrocéfalas problemas físicos como problemas de visão e puberdade precoce. É muito provável que surjam dificulda-des de aprendizagem associadas à hidrocefalia tais como problemas de concentração, raciocínio e de memó-ria a curto prazo. A hidrocefalia pode ainda causar problemas mais graves como problemas de coordenação e também ao nível da capacidade de motivação e organização. Muitos destes efeitos podem ser compensados através de estratégias de ensino ou tratamento adequado.

Sunday, November 19, 2006

Dificuldades de Adaptação da Criança à Escola


- O que devem fazer os pais quando os filhos se recusam ir para a escola?

Antes de tudo os pais devem observar e conversar com a criança procurando perceber o que é que ela está a sentir. E tentar descobrir onde está a causa do problema.
Reflectindo sobre algumas questões:
- O motivo desta recusa está na própria criança?
- Está no ambiente familiar ou na escola?
- Como está o seu estado de saúde de uma forma geral, o seu desenvolvimento físico , afectivo e social?
O pediatra pode orientar os pais neste sentido e se necessário indicar o melhor tratamento e inclusivamente sugerir um acompanhamento psicológico.
Além de fantasiar e sentir medo, as crianças também se preocupam e se angustiam com os problemas da família, mas por outro lado, são muito curiosas e adoram aprender. Se não aconteceu nada de diferente na rotina familiar, como o nascimento de um irmão por exemplo ou outro acontecimento importante, os pais devem refletir sobre o seu próprio comportamento e atitudes que costumam ter em relação a criança.
- Será que os pais estão a ser permissivos demais? Rígidos demais?
- Como é o relacionamento dela com os colegas e com a professora?
- Ela está adaptar-se bem aos métodos e regras da instituição?
Muitas vezes os pais fazem com que os filhos sejam muito dependentes e indisciplinados e isso prejudica-os quando entram na escola, porque na escola terão que demonstrar responsabilidade, obedecer a regras e respeitar limites.
- Porque é que as crianças recusam, algumas vezes, a volta às aulas e, principalmente, o primeiro contacto com a vida escolar?
Recusar voltar às aulas depois de um período de férias é diferente de recusar ir à escola pela primeira vez, porém algumas crianças de 8, 9 , 10 anos ou mais, acabam por repetir o mesmo processo todas as vezes que regressam de férias. Isto significa imaturidade e é sinal que não resolveram um antigo problema e neste caso a criança precisa de ajuda.
O regresso às aulas pode gerar em certas crianças ansiedade, medo e insegurança e isto pode acontecer por vários motivos: doença de alguma pessoa próxima, divórcio, excesso de actividades como cursos de línguas, desportos, música, etc, notas baixas no período anterior o que poderá gerar medo de fracassos futuros e de não corresponder às expectativas dos pais.
Tudo isto são normalmente sintomas passageiros, se persistirem os pais devem procurar orientação com os profissionais da escola, com um médico ou um psicólogo.
Quando uma criança inicia a sua vida escolar, encontra um mundo novo, com influências, ideias, amizades e oportunidades com as quais nunca se havia deparado antes. Nesta época ela precisa de muito apoio dos pais.
Toda a criança, seja qual for sua história e a sua idade, terá que enfrentar o primeiro dia de aulas e esta experiência acarreta ansiedade e insegurança. Afastar-se do aconchego do lar e enfrentar o desconhecido significa um grande salto na vida de qualquer criança. O ingresso na vida escolar representa um passo muito grande em direção à independência.
Uma criança que esteja a passar pela primeira vez por esta experiência poderá sentir-se muito angustiada porque não consegue prever os benefícios que estão para vir. É natural surgirem estes sintomas, mas os pais não têm necessidade de ficar aflitos porque costumam ser passageiros.
Esta é mais uma fase que exigirá um período de adaptação. A maioria consegue adaptar-se e quando isto não acontece os pais devem investigar suas causas.
- Qual o papel que a escola deve assumir quando a criança chora e pede para ir embora?
A escola deve orientar os pais no sentido de lhes transmitir quais as suas propostas e os seus objectivos deixando claro aquilo que podem oferecer ao seu filho.
Os profissionais que trabalham na escola sabem como é penoso para algumas crianças o processo de adaptação e quanto tempo costuma durar. Se uma criança continuar a chorar por muito tempo e a pedir para ir embora, estes profissionais deverão tomar as medidas necessárias no sentido de ajudar a criança e orientar os seus pais quanto ao seu comportamento , inclusive mostrar o momento certo de procurar ajuda de um profissional especializado, caso necessário.

- Frequentes erros dos pais que podem piorar a situação em vez de resolvê-la?

Punir ou castigar a criança.
Muitos pais não ouvem o que a criança tem a dizer, desconhecem as suas razões. Imaginam que o filho está comportar-se desta forma porque deseja chamar a atenção ou está a fazer isto para agredir os pais e assim proíbem "coisas" que são importantes para a criança, como por exemplo:
- Proibir a criança de ver programas de TV que ela gosta, brincar...
- Outros, insistem em ficar com a criança na escola durante todo o período das aulas, nalguns casos as mães insistem em permanecer dentro da sala de aula ao lado do filho e infelizmente algumas escolas ainda permitem isso, mas por pouco tempo, pois descobrem logo as inconveniências para o restante dos alunos.
- Outro erro dos pais é transferir a criança para outra escola. Ao se deparar com uma escola muito simpática, no primeiro momento a criança parece decidir e optar, mas a convivência na escola e o contacto com as suas verdadeiras dificuldades trazem de volta o antigo problema.

- Que tipo de problema pode ter a criança se os pais insistirem em fazê-las ir para a escola muito novas (com três anos, por exemplo?)

Uma criança de seis anos tem mais maturidade e maior preparo para a socialização escolar que outra de três, mas isto não significa que todas as crianças que iniciarem a sua vida escolar aos três anos enfrentará problemas.
Por uma questão de necessidade, actualmente os pais estão a matricular os seus filhos mais cedo na escola e observamos que muitos deles sentem culpa pelo facto de deixá-los tão cedo e ter pouco tempo para se dedicarem a eles.
Neste caso, o sentimento de culpa é transmitido ao filho e isto fará com que se sinta abandonado pelos pais. A criança poderá fechar-se em si, tornar-se passiva, reprimir a sua criatividade... poderá recusar passar pelo processo de adaptação demonstrando medo de se separar dos pais.

- E que tipo de problemas as crianças podem ter se os pais resolverem tirá-las da escola e disserem "filhinho, já que não queres não te vou levar à escola"?

Educar um filho, realmente não é uma tarefa muito fácil. Infelizmente, muitos pais , na intenção de fazer o melhor e dar o melhor de si, cometem erros e acabam por prejudicar o desenvolvimento da criança e o seu futuro de uma forma geral.
A expressão citada e que muitas vezes observamos na realidade, revela um pai e ou mãe "imaturos" e bastante permissivos que costumam mimar o seu filho. Satisfazer todas as suas vontades faz dele um pequeno tirano e quem sofre as consequências é a própria criança.
A criança mimada desenvolve uma personalidade intolerante e insaciável e certamente não admitirá um NÃO como respostas às suas vontades. E isto significa que terá dificuldades em lidar com as diversas frustrações da vida - quando os pais tentam poupar os filhos de qualquer sofrimento, estão na verdade a privar as crianças da oportunidade de desenvolverem os seus
próprios recursos para enfrentar as adversidades.

- Qual é a idade ideal para colocar as crianças na escola?

É muito relativo, pois depende dos pais , da maturidade da criança e das propostas da escola escolhida.
As habilidades que a sociedade espera das pessoas quando completam o seu processo de educação são bem diferentes do que alguns anos atrás, e portanto os métodos e objectivos da escola também mudaram. Hoje , a formação dos profissionais que trabalham nas escolas é mais completa e a maioria das escolas já conta com orientadores pedagógicos e psicólogos, com cargos específicos para cada actividade.
Existe uma preocupação maior em encarar cada criança como uma pessoa individualizada, em olhar de perto o seu processo individual de desenvolvimento. Com isto tornou-se possível determinar com maior precisão as áreas em que cada criança necessita de maior atenção e apoio.
Quando os pais decidem colocar o seu filho na escola, é importante verificar se a criança está preparada para o ingresso em determinada escola.
- Como saber se a criança está preparada?
É importante verificar se é um estabelecimento onde a criança poderá frequentar também o 1º ano, conhecer as propostas e os métodos da escola.
Alguns pais não matriculam o seu filho no jardim da infância (menor de 6 anos) porque imaginam que nesta fase a criança irá para a escola somente para brincar, esperam que ela aprenda logo a ler e escrever. Mas sabemos que o brincar, por exemplo, com tesoura, cola, plasticina, desenhar, colorir, ouvir histórias, música, etc... facilita e é necessário para o processo de alfabetização. E quanto mais oportunidade e contacto tiver a criança com a escola e com estes materiais, mais cedo e mais rica será a sua aprendizagem.

Transtorno Desafiador Opositivo

  • Características Diagnósticas
A característica essencial do Transtorno Desafiador Opositivo é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos 6 meses e se caracteriza pela ocorrência freqüente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos:
- perder a paciência, discutir com adultos, desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos , deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas, responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento, ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros, mostrar-se enraivecido e ressentido, ou ser rancoroso ou vingativo.
Os comportamentos negativistas ou desafiadores são expressados por teimosia persistente, resistência a ordens e relutância em comprometer-se, ceder ou negociar com adultos ou seus pares. O desafio também pode incluir testagem deliberada ou persistente dos limites, geralmente ignorando ordens, discutindo e deixando de aceitar a responsabilidade pelas más ações. A hostilidade pode ser dirigida a adultos ou a seus pares, sendo demonstrada ao incomodar deliberadamente ou agredir verbalmente outras pessoas (em geral sem a agressão física mais séria vista no Transtorno da Conduta).
As manifestações do transtorno estão quase que invariavelmente presentes no contexto doméstico, mas podem não ser evidentes na escola ou na comunidade. Os sintomas do transtorno tipicamente evidenciam-se mais nas interações com adultos ou companheiros a quem o indivíduo conhece bem, podendo assim não serem perceptíveis durante o exame clínico. Em geral, os indivíduos com este transtorno não se consideram oposicionais ou desafiadores, mas justificam seu comportamento como uma resposta a exigências ou circunstâncias irracionais.
  • Características e Transtornos Associados
As características e transtornos associados variam em função da idade do indivíduo e gravidade do Transtorno Desafiador Opositivo. No sexo masculino, o transtorno é mais prevalente entre aqueles indivíduos que, nos anos pré-escolares, têm temperamento problemático (por ex., alta reatividade, dificuldade em serem acalmados) ou alta atividade motora. Durante os anos escolares, pode haver baixa auto-estima, instabilidade do humor, baixa tolerância à frustração, blasfêmias e uso precoce de álcool, tabaco ou drogas ilícitas. Existem, freqüentemente, conflitos com os pais, professores e companheiros. Pode haver um círculo vicioso, no qual os pais e a criança trazem à tona o que há de pior um do outro. O Transtorno Desafiador Opositivo é mais prevalente em famílias nas quais os cuidados da criança são perturbados por uma sucessão de diferentes responsáveis ou em famílias nas quais práticas rígidas, inconsistentes ou negligentes de criação dos filhos são comuns. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é comum em crianças com Transtorno Desafiador Opositivo, bem como os Transtornos da Aprendizagem e da Comunicação.
  • Características Específicas à Idade e ao Género
Uma vez que o comportamento oposicional temporário é muito comum em crianças pré-escolares e adolescentes, deve-se ter cuidado ao fazer o diagnóstico de Transtorno Desafiador Opositivo, especialmente durante esses períodos do desenvolvimento. O número de sintomas de oposição tende a aumentar com a idade. O transtorno é mais prevalente em homens do que em mulheres antes da puberdade, mas as taxas são provavelmente iguais após a puberdade. Os sintomas em geral são similares em ambos os gêneros, à exceção do fato de que os homens podem apresentar mais comportamentos de confronto e sintomas mais persistentes.
PrevalênciaAs taxas de Transtorno Desafiador Opositivo são de 2 a 16%, dependendo da natureza da amostra populacional e métodos de determinação.
O Transtorno Desafiador Opositivo em geral manifesta-se antes dos 8 anos de idade e habitualmente não depois do início da adolescência. Os sintomas opositivos freqüentemente emergem no contexto doméstico, mas com o tempo podem aparecer também em outras situações. O início é tipicamente gradual, em geral se estendendo por meses ou anos. Em uma proporção significativa dos casos, o Transtorno Desafiador Opositivo é um antecedente evolutivo do Transtorno da Conduta.
  • Padrão Familiar
O Transtorno Desafiador Opositivo parece ser mais comum em famílias nas quais pelo menos um dos pais tem uma história de Transtorno do Humor, Transtorno Desafiador Opositivo, Transtorno da Conduta, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Transtorno da Personalidade Anti-Social ou um Transtorno Relacionado a Substâncias. Além disso, alguns estudos sugerem que as mães com Transtorno Depressivo estão mais propensas a terem filhos com comportamento oposicional, mas não está claro o grau em que a depressão materna é causa ou conseqüência do comportamento oposicional nas crianças. O Transtorno Desafiador Opositivo é mais comum em famílias nas quais existe séria discórdia conjugal.

Transtorno da Aprendizagem - o diagnóstico


Características Diagnósticas
Os transtornos da aprendizagem são diagnosticados quando os resultados do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para sua idade, escolarização e nível de inteligência. Os problemas de aprendizagem interferem significativamente no rendimento escolar ou nas atividades da vida diária que exigem habilidades de leitura, matemática ou escrita. Variados enfoques estatísticos podem ser usados para estabelecer que uma discrepância é significativa. Substancialmente abaixo da média em geral define uma discrepância de mais de 2 desvios-padrão entre rendimento e QI. Uma discrepância menor entre rendimento e QI (isto é, entre 1 e 2 desvios-padrão) ocasionalmente é usada, especialmente em casos onde o desempenho de um indivíduo em um teste de QI foi comprometido por um transtorno associado no processamento cognitivo, por um transtorno mental comórbido ou condição médica geral, ou pela bagagem étnica ou cultural do indivíduo. Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades de aprendizagem podem exceder aquelas habitualmente associadas com o déficit. Os Transtornos da Aprendizagem podem persistir até a idade adulta.
  • Características e Transtornos Associados
Desmoralização, baixa auto-estima e déficits nas habilidades sociais podem estar associados com os transtornos da aprendizagem. A taxa de evasão escolar para crianças ou adolescentes com Transtornos da Aprendizagem é de aproximadamente 40% (cerca de 1,5 vezes a média).
Os adultos com Transtornos da Aprendizagem podem ter dificuldades significativas no emprego ou no ajustamento social. Muitos indivíduos (10-25%) com Transtorno da Conduta, Transtorno Desafiador Opositivo, Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade, Transtorno Depressivo Maior ou Transtorno Distímico também têm Transtornos da Aprendizagem.


(De acordo com o DSMIV)

Tuesday, November 07, 2006

Autismo. O que é?

Utilizado pela primeira vez em 1911, o termo autismo foi derivado da palavra “autos” que em grego significa “o próprio individuo”.O autismo também tem uma definição mais formal, que lhe foi dada por RAPIN, em 1991, que diz: “Síndrome comportamental, presente desde fases iniciais da vida e caracterizada por deficiência de interação social, linguagem, comunicação e atividades”.Ainda podemos encontrar outras definições para o Autismo, mas o mérito para as primeiras definições cabe ao pediatra americano LEO KANNER, que se voltou aos estudos da psiquiatria e publicou em 1943 um artigo intitulado “Distúrbios Autísticos do contato Afetivo".
Este estudo foi elaborado a partir de 11 casos por ele observado.As primeiras teorias a respeito da etiologia do autismo, diziam que ele resultava de déficits específicos no cuidado e na interação dos pais com a criança, e que deu origem ás chamadas “Disfunções do Ego”, e o tratamento recomendado era psicoterapia do indivíduo, dos pais e/ou ambos.Existem várias teorias que tentam explicar a causa do autismo, porém, nenhuma delas foi realmente comprovada, e sua etiologia continua desconhecida. Acredita-se que é mais provável que sua etiologia seja uma condição decorrente de um mecanismo multifuncional, determinado pela associação de fatores genéticos e não genéticos.
As características e a gravidade do autismo variam de acordo com a idade do indivíduo e seu nível de desenvolvimento.Segundo RAPIN & WOLFF (1991), é fundamental que os sinais e sintomas sejam evidentes nos três primeiros anos de vidas, apesar de na maioria dos casos, o desenvolvimento parecer normal no primeiro ano de vida. Essas características são inúmeras, porém , a seguir, serão citadas as mais importantes:
  • As crianças podem não atender a um chamado, estando ou não entretido com um brinquedo; Durante muito tempo acreditou-se que existia uma diminuição do contato olho a olho, porém, SMONOFF & RUTTER (1996) e ESTERNER (2001), relatam que atualmente, sabe-se que o prejuízo não está na intensidade desse contato, mas sim no seu uso como sinalização social;
  • Quanto frustradas ou quando se encontram em situações que podem causar medo ou tensão, as crianças autistas, em geral, são incapazes de olhar para o rosto de um adulto, para buscar informações de como interpreta-lo;
  • Costumam ignorar ou interpretar de forma inadequada seus sentimentos e dos outros. RAPIN (1991) afirma que muitas não sabem fazer amizades, porém quando adultos, demonstram incomodo com seu isolamento social;
  • Algumas crianças se relacionam exclusivamente com suas mães, naco suportando a separação física ou mesmo insistindo em que elas as carreguem, apesar de serem capazes de andar;
  • Não fazem uso do balbucio, algumas podem até permanecer mudas, enquanto outros adquirem fala tardiamente e monótona, ou até mesmo cantando. Ou ainda falar incessantemente sobre um mesmo assunto. A ecolalia também é freqüente e pode ser tardia;
  • Costumam utilizar a 3° pessoa do singular ou seu nome para referir-se a sim mesma e não utiliza o pronome “eu”;
  • Possuem inabilidade na prosódia, muitas com capacidade de comunicação verbal, não iniciam ou participam de conversa visual com o interlocutor;
  • A linguagem pragmática também é diferente no autista, é raro que ele aponte objetos ou utilizem gestos;
  • Costumam apresentar estereotipias, aparentemente sem propósito;
  • Em geral, a aspecto físico de um autista é normal, apesar de alguns estudos demonstrarem maior incidência de sinais dismórficos secundários, entre eles, a microcefalia e o hipertirolismo;
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO:Dependem muito da gravidade, da disfunção cerebral e conseqüências sobre a cognição e comportamento em geral.Assim como RAPIN (1991), GILBERG (1990) afirma que alguns sintomas específicos, como a epilepsia, o déficit de atenção, parece responder a terapia medicamentosa, porém, ainda é indicado o tratamento com profissionais especializados e educação especial, ainda que não é totalmente satisfatório. pelo fato de não definir a cura e a falta de compreensão sobre a fisiopatologia do autismo dificulta muito o tratamento.O diagnóstico, prognóstico e tratamento do autismo, e exclusivamente clinico. Portanto, o aprofundamento dos estudos sobre esta patologia por parte dos profissionais é de fundamental importância para a intervenção precoce das terapias de reabilitação e educação especial, que de longe é satisfatória para a cura, porém, melhora e muito, o comportamento do indivíduo.

Wednesday, October 25, 2006

Método Global


Como trabalhar com o método das 28 palavras?

Como reacção ao método analítico sintético apareceu o método das 28 palavras. Por este método são contextualizadas progressivamente 28 palavras, que vão sendo globalizadas, lidas e escritas pelos alunos, começando muito cedo a analisar cada palavra, mas só até à sílaba. O professor acaba por escrever a palavra numa tira de papel com cerca de 3 a 4 cm de largura e de comprimento suficiente, e através duma leitura lenta e sincopada determinar onde acaba cada sílaba. À frente dos alunos corta-se a tira de papel de modo que todas as sílabas fiquem separadas. Então, os alunos, com esses pedaços de papel/sílabas, reordenam/sintetizam novamente a palavra original.
Acabado o trabalho nessa palavra, o professor guarda todas essas sílabas num expositor da sala, começando a constituir um silabário. Por cada uma das 28 palavras deverá sempre ter este procedimento, não esquecendo que logo de início (1ª palavra) começa também a constituir novas palavras, além das 28, constituídas com as sílabas já armazenadas no momento da análise das palavras antecedentes. Simultaneamente, deverá propor ao aluno que “cace” as suas (descobrir novas palavras com as sílabas já existentes no silabário), ao mesmo tempo vão escrevendo as palavrinhas e construindo novas frases.
A utilização deste método tem múltiplas vantagens, passamos a destacar algumas:
Atender à predisposição natural da criança em reter o global;
Desenvolver o espírito criativo e a oralidade;
Favorecer o espírito de observação;
Desenvolver a percepção visual e auditiva;
Desenvolve a sociabilização (através de jogos) e a imaginação no encaminhamento para a descoberta;
Proporciona um enriquecimento fácil e precoce de vocabulário;
Estimula o raciocínio e o uso da memória;
A criança habitua-se à sistematização dos conhecimentos adquiridos levando-a a redigir sem erros e com mais fluência.
Existe actualmente no mercado o manual Palavra a Palavra da Porto Editora que, a meu ver, desenvolve este método de uma forma bastante completa.